O que é preciso saber sobre a menopausa após tratamento do câncer
- COP onco
- há 3 dias
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Por Dra. Nathalia Ramalho*
Tratamentos contra o câncer, incluindo ooforectomia, quimioterapia gonadotóxica e radioterapia pélvica, podem induzir menopausa prematura (ou seja, antes dos 40 anos) ou precoce (entre 41 e 45 anos), um fator de risco para doenças crônicas como diabetes e doenças cardiovasculares.
Também podem agravar os sintomas da menopausa, incluindo ondas de calor, suor noturno e secura vaginal. Esses sintomas podem causar sofrimento e prejudicar a qualidade de vida, e o manejo desses sintomas é uma prioridade para pacientes com câncer.
Mulheres com menos de 45 anos com amenorreia prolongada após tratamento gonadotóxico para câncer devem receber terapia hormonal da menopausa, desde que não apresentem contraindicações. Para aquelas com mais de 45, a indicação da terapia hormonal vai depender da presença de sintomas.
O manejo deve ser individualizado, levando em consideração a idade da paciente, o tipo de câncer, o tempo de diagnóstico, a qualidade de vida, as comorbidades, os fatores de risco para doenças crônicas (por exemplo, osteoporose e doença cardíaca isquêmica) e suas opiniões e preferências.
Para as pacientes nas quais a terapia hormonal da menopausa é contraindicada ou deve ser evitada após o câncer, um número crescente de terapias não hormonais está disponível para manejo dos sintomas menopausais e melhora da qualidade de vida.
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 * Médica Ginecologista pelo IMIP com especialização em Ginecologia Endócrina, Climatério, Contracepção e Ginecologia Infato-puberal pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Membro da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO, da Sociedade Brasileira de Climatério - SOBRAC, da The Scientific Network on Female Sexual Health and Cancer, da International Menopause Society e do Grupo EVA de tumores femininos. |